sexta-feira, 26 de abril de 2013


1. Francisco e nós, início de percurso

Para nós que gostamos tanto de novidades, pode parecer estranho recordar uma figura que viveu há oito séculos. Porém, não só as novas tecnologias têm a nos ensinar, mas muitos homens e mulheres do passado nos trazem experiência acumulada, coisa que muitas vezes nos falta.
O personagem que apresentamos não foi qualquer um. Em 1999, a revista americana Times o elegeu ‘o homem do milênio’, ou seja, se no primeiro milênio, a humanidade tivesse de citar o nome de uma pessoa marcante, esta pessoa seria Francisco, nascido na cidade de Assis, em 1182.
A vida de Francisco foi de uma intensidade assombrosa. Diversas vezes teve de mudar seus rumos, seus sonhos eram grandes, sua presença cativava.
Muitas vezes ficamos nos comparando com outras pessoas: (“são mais bonitas? Têm mais dinheiro? Vão melhor na escola?”). Dessa vez, queremos olhar para Francisco, não para fazer do jeitinho que ele fez, - por que a vida de cada pessoa é irrepetível -, mas achamos que muitos fatos na vida dele e a maneira como ele lidou com eles podem ser inspiradores para nós hoje, oito séculos depois.
Convidamos você para conhecer um pouco mais deste jovem, tão atual.


Vamos a mais um episódio da vida de Francisco de Assis:

2. Família e juventude

Vida é algo que contagia. A notícia da chegada de mais um membro na família é comemorado por todos. Claro que há casos em que a chegada de uma criança vem carregada de conflitos e rejeições, mas, de modo geral, é muito prazeroso acolher um novo ser nos braços.
Pegar um bebê no colo nos remete a uma pergunta muito comum: ‘como pode de algo tão frágil, pequeno, um embrião, brotar um ser humano com tantos órgãos, sentidos e sensações?’; ‘o que será dessa criança?’ - É a pergunta que vem em seguida.
Os textos que dispomos sobre Francisco foram escritos após sua morte, ou seja, certamente há o dedo do escritor em apresentar o início da vida desse homem de Assis.
O primeiro escrito sobre ele (de Tomás de Celano, de 1229) diz que fora criado por sua família com costumes depravados, na vaidade do mundo: uma péssima família, dizendo às claras. Um segundo escrito, de 1262, escrito por Boaventura de Bagnoregio, diz que ele fora educado em coisas vãs e destinado a continuar os negócios de sua família. Conta-nos Boaventura: “Por essa época, Francisco ainda ignorava os planos de Deus a seu respeito, pois não havia aprendido a contemplação das coisas do alto, levado que era sempre em direção às coisas externas por ordem de seu pai, nem havia adquirido ainda o gosto pelas coisas de Deus, atraído para as coisas inferiores pela corrupção que todos nós temos desde o berço” (Legenda Maior, 2).
Como todas as crianças nascidos das famílias importantes de Assis, o jovem Francisco parece mesmo inclinado a continuar os negócios na loja de tecido de seu pai. Suas amizades são todas de seu meio. É um jovem alegre, brincalhão, que gosta de festa e farra. A família espera que ele corresponda as suas expectativas, assim como nossas famílias.

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