domingo, 25 de março de 2012

100 Anos de memória da chegada de Frei José de Haas a cidade de Araçuaí


Conheça um pouco da História

No dia 8 de março de 1912, Frei José de Haas chegava a Araçuaí para ajudar na paróquia como vigário cooperador do cônego Florêncio Rodrigues de Moura Terra, que cordialmente ofereceu-lhe hospedagem em sua casa. O Comissário Frei Júlio Berten, esteve com o bispo de Diamantina, Dom Joaquim Silvério de Souza, a qual propôs que os frades assumissem as paróquias de Araçuaí e Jequitinhonha, após a morte dos respectivos párocos já de idade avançada.


Segundo um dos artigos publicados no periódico diocesano, Frei José de Haas era uma das figuras marcantes do clero “com seu zelo apostólico, com sua colaboração assídua, interessante, despretensiosa, sumamente proveitosa para todos”. A preocupação dos superiores da Província da Holanda era o isolamento em que viviam os frades missionários. Por isso queriam que fosse fundada uma segunda casa na Diocese de Diamantina.



A cidade de Araçuaí fora fundada por volta de 1830. Quando os primeiros frades chegaram a Araçuaí, “era uma cidadezinha de pouca beleza, para não dizer feia, com ruas estreitas e casas baixas”. A região era muito quente, ao invés de matas, era uma região descampada. A manutenção da fé dependia apenas do ensino da doutrina cristã, e essa constituía a incumbência atribuída aos frades holandeses. Frei José de Haas visitava as capelas, dava assistência a Ordem Terceira e administrava os santos sacramentos nas distantes fazendas.

Em julho de 1912, veio Frei Flaviano van Liempt, como auxiliar da paróquia e no mesmo mês, o Comissário esteve pela primeira vez em Araçuaí para propor a compra de uma casa perto da matriz, a fim de que os dois frades pudessem ter uma fraternidade religiosa e também para não incomodar mais o vigário. Após a chegada de Frei Flaviano, Frei José permanecia mais tempo na cidade. Com a renúncia do cônego Florêncio, no dia 1º de outubro de 1913, Frei José Haas foi designado oficialmente como vigário.

Em agosto de 1913, tinha sido criada a diocese de Araçuaí, a qual fazia parte do projeto do bispo de Diamantina de dividir o território, abrangendo o norte e nordeste de Minas. Dom Joaquim obteve da Santa Sé (Papa Pio X) a criação das dioceses de Montes Claros e Araçuaí.


Frei José soube estimular os fiéis para ajudar na reforma da antiga igreja paroquial, a fim de torná-la apta para servir de catedral. Com o auxílio de esmolas, a igreja pode ser totalmente restaurada. Da Holanda, o frade encomendou uma via sacra em cobre, do célebre pintor Wiel. Tudo foi organizado de forma satisfatória para a chegada do primeiro bispo, Dom Serafim Gomes Jardim, em setembro de 1914.
 
 
Em 18 de março de 1937, na diocese de Araçuaí, foi nomeado bispo Dom Frei José de Haas. A escolha de Frei José para reger a diocese teve uma receptividade unânime, em razão do longo período em que ele já vinha exercendo o múnus pastoral naquela região.

Um comentário:

  1. Setubinha, pertencia à Araçuaí, quando Dom José de Haas foi Bispo.
    Foi ele que nomeou o 7º vigário da Paróquia Imaculada Conceição de Setubinha - Pe. Mateus, vigário cooperador da Freguesia de Setubinha e Lufa (Novo Cruzeiro).
    Dom José de Haas também nomeou vigário ecônomo da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Setubinha, o Pe. Jorge, de 18 de junho até 31 de dezembro de 1944. Sou apaixonado pela história destas três Dioceses - DIAMANTINA - ARAÇUAÍ e TEÓFILO OTONI. Setubinha já pertenceu a todas.

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