A Ordem
franciscana celebra na terça-feira, 2 de agosto, a festa de santa Maria
dos Anjos, relembrando de modo especial a capela reconstruída por São
Francisco durante seu período de conversão, e onde se deu a fundação da
Ordens dos frades Menores.
Conhecida popularmente como capela da
Porciúncula, a pequena construção foi palco de importantes
acontecimentos no franciscanismo: a fundação da Ordem dos Frades
Menores, em 1209; em 1211, santa Clara recebeu ali o hábito religioso;
em 1216, Francisco recebe uma iluminação mística do chamado “perdão de
Assis”. Em 1226, o Seráfico Pai acolheu ali a ‘nossa irmã, a morte
corporal’.
Em 1986 aconteceu o importante encontro do papa João Paulo II com lideranças religiosas de todo o mundo para rezarem pela paz.
Atualmente,
a capela da Porciúncula está emoldurada pela grande basílica papal de
Santa Maria dos Anjos, construída entre 1569 e 1679.
Algumas
referências sobre a Porciúncula nas Fontes Franciscanas: “Depois que o
santo de Deus trocou de hábito e acabou de reparar a mencionada igreja,
mudou-se para outro lugar próximo da cidade de Assis. Aí começou a
reedificar outra igreja, abandonada e quase destruída, e desde que pôs
mãos à obra não parou enquanto não terminou tudo. Dali passou a outro
lugar, chamado Porciúncula, onde havia uma antiga igreja da
Bem-aventurada Virgem Mãe de Deus, mas estava abandonada e nesse tempo
não era cuidada por ninguém. Quando o santo de Deus a viu tão arruinada,
entristeceu-se porque tinha grande devoção para com a Mãe de toda
bondade, e passou a morar ali habitualmente. No tempo em que a reformou,
estava no terceiro ano de sua conversão. Por essa época, usava um como
um hábito de ermitão, cingido com uma correia, e andava com um bastão e
com os pés calçados” (1Cel 21).
“No ano de 1226 da Encarnação do
Senhor, domingo, dia 4 de outubro, em Assis, sua terra, e na
Porciúncula, onde fundara a Ordem dos Frades Menores, tendo completado
vinte anos de perfeita adesão a Cristo e de seguimento da vida
apostólica, nosso bem aventurado pai Francisco saiu do cárcere do corpo e
voou todo feliz para as habitações dos espíritos celestiais, terminando
com perfeição o que tinha empreendido. Seu santo corpo foi exposto e
reverentemente sepultado com hinos de louvor nessa mesma cidade, onde
brilha em seus milagres para a glória do Todo-Poderoso. Amém” (1Cel 88).
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