quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Dia de São Benedito


Benedito, cognominado “o Mouro” – ou “o Negro”, como é conhecido no Brasil – nasceu na Sicília. De pais escravos, vindos da Etiópia para San Fratello, na Sicília, vendeu seus bens e fez-se eremita franciscano nas vizinhanças de Palermo. Mais tarde, atendendo a um decreto de Pio IV, obrigando a todos os que seguissem a Regra de São Francisco a viverem em conventos de sua Ordem, Benedito obedeceu. No convento, dedicou-se a trabalhos humildes. Chegou a exercer o ofício de superior, mesmo não sendo sacerdote e, mais tarde, vemo-lo novamente trabalhando na cozinha. Morreu no ano de 1589. Seu culto cedo se espalhou pela Itália, Espanha, Portugal, Brasil e México. Pio VIII inscreveu-o solenemente no rol dos santos.

Do modo de servir e trabalhar (Capítulo VII - Regra não Bulada de São Francisco de Assis)

Todos os irmãos, em quaisquer lugares em que estiverem para servir ou trabalhar em casa de outros, não sejam nem tesoureiros nem despenseiros nem tenham cargo de direção nas casas em que servem; nem aceitem algum ofício que provoque escândalo ou que cause dano à sua alma (cf. Mc 8,36); mas sejam os menores e submissos a todos que estão na mesma casa. E os irmãos que sabem trabalhar trabalhem e exerçam a mesma arte que conhecerem, se não for contra a salvação da alma e se puderem executá-la honestamente. Pois diz o profeta: Comerás do trabalho de tuas mãos; serás feliz e terás bem-estar (Sl 127,2); e o apóstolo: Quem não quer trabalhar não coma (cf. 2Ts 3,10); e: Cada um permaneça naquela arte e ofício em que estava quando foi chamado (cf. 1Cor 7,24). E pelo trabalho possam receber todas as coisas necessárias, exceto dinheiro. E, quando for necessário, vão pedir esmola, como os outros pobres. E seja-lhes permitido ter as ferramentas e os instrumentos apropriados ao seu ofício.
Todos os irmãos procurem empenhar-se nas boas obras, porque está escrito: “Faze sempre algo de bom, para que o demônio te encontre ocupado”. E também: “A ociosidade é inimiga da alma”. Por isso, os servos de Deus devem sempre persistir na oração ou em alguma boa obra.


Cuidem os irmãos, onde quer que estiverem, nos eremitérios ou em outros lugares, para não se apropriarem de nenhum lugar nem o reivindicarem de ninguém. E quem vier procurá-los, amigo ou adversário, ladrão ou assaltante, seja recebido benignamente. E, onde quer que estiverem e em qualquer lugar em que se encontrarem, devem os irmãos espiritual e diligentemente cuidar uns dos outros e honrar-se mutuamente sem murmuração (1Pd 4,9). E cuidem para não se mostrar exteriormente tristes e sombriamente hipócritas; mas mostrem-se alegres no Senhor (cf. Fl 4,4), sorridentes e convenientemente simpáticos.

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